sábado, 11 de junho de 2016

QUANDO BUDA SORRI

Segundo especial publicado no Brasil, há mais de quarenta anos, disponibilizado graças à valorosa colaboração de Carlos Natali.

9 comentários:

  1. Savajo:

    Obrigado por mais essa raridade.

    Não vejo a hora de possuir todas as edições da série ZZ7.

    Sou um colecionador compulsivo de cultura digital, tais como gibis, bolsilivros, jogos de vídeo-game, etc.

    De todos os itens que coleciono, a série ZZ7 é para mim a mais preciosa.

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  2. Valeu João.
    Digitalizar todas as aventuras da agente "Baby": esta é a missão que me dei como hobby e, graças a colaboração de outros fãs como você acho que minha missão não é tão impossível assim.
    Graças ao Carlos Natali e Sérgio Bellebone, fechei a primeira centena de aventuras da espiã.
    Abraços

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  3. Jorge:

    Na verdade, retomei a leitura da agente Baby da série ZZ7 quando completei 40 anos de idade.

    Estou agora com 52 anos de idade e garanto que nesses últimos 12 anos a vida foi muito melhor para mim.

    Explico.

    Antigamente, eu ia à praia nas férias, por exemplo, e para mim era mais, digamos, uma obrigação para comigo mesmo e minha esposa que trabalhamos o ano inteiro do que uma fonte de prazer. Afinal, na consciência popular, praia significa descanso e relaxamento.

    Lendo as aventuras da Baby comecei a dar novos significados às coisas que faço e hoje, ir à praia é uma verdadeira aventura.

    Não só ir à praia mas até mesmo almoçar todo dia num restaurante na hora do almoço já é algo especial para mim.

    O trabalho também ficou bem mais leve e divertido.

    O que quero dizer com isso é que o modo como as aventuras da Baby descrevem o mundo e os cenários em que ela atua, torna o mundo e esses cenários mais interessantes do que realmente são aos nossos olhos de brasileiros.

    Por isso eu digo que brasileiro não tem uma cultura turística mas sim, provinciana.

    Precisamos emprestar os olhos alheios, como os da Baby, para enxergarmos o mundo que nos rodeia mais bonito do que ele aparenta ser para nós.

    Não sei se me fiz entender mas essa foi a principal mudança que a agente Baby implementou em minha vida.

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  4. Savajo:

    É interessante como as coisas mudam.

    Gostamos de falar que antigamente o mundo era bem mais emocionante do que hoje mas esquecemo-nos de dizer que no nosso bolso o mundo sempre foi a mesma coisa.

    Basta a nós relembrarmo-nos de nossas invejas e de nossos sonhos de consumo dos anos 80.

    Para mim, nos anos 80, meus sonhos de consumo se limitavam a possuir um quarto só meu com um aparelho de som 3 em 1 (am/fm/k7/toca-discos)e, se possível, uma tv preto e branco.

    Para os mais exigentes, além de tudo isso, uma tv a cores e um vídeo-cassete.

    Oras, hoje temos tudo isso num único aparelho chamado celular.

    Temos no celular, TV digital, Internet, telefone, som, vídeo, etc

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  5. Conclusão de tudo isso.

    Antigamente tínhamos um imaginário mais pobre em termos de realizações mas, ao mesmo tempo, tínhamos mais recursos para vivermos de uma forma mais natural, pois acreditávamos que aqueles nossos sonhos de felicidade eram mais reais do que a realidade qual vivíamos.

    Parece até uma contradição tudo isso, mas foi justamente a cultura de massa fomentada pelos bolsilivros da série ZZ7 e da série Corin Tellado que predispuseram gente afastada do campo para a cidade, a se adaptarem psicológica, social e emocionalmente às exigências de uma sociedade mais industrialista e capitalista, fazendo o feio nos parecer bonito e desejável.

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  6. O que posso dizer à respeito de tudo isso que já te expus, é que mais vale na vida ter um imaginário rico de possibilidades do que uma certeza cega e fria que nos limita a termos um comportamento estereotipado demais, ou seja, para alguém da geração atual nos entender como pensamos e como valorizamos as coisas, torna-se necessário que ele leia o que nós lemos, assista o que assistimos, pense como nós pensamos, sinta como nós sentimos, etc. nesse passado que não volta mais e que temos o privilégio de sermos os portadores de seus resultados que nunca mais se repetirão na história da humanidade.

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  7. SAVAJO:

    Às vezes. me chamam de pessimista mas acredite ou não, o mundo caminha para o fim.

    Não faço a mínima ideia do que as gerações presentes e futuras farão para salvar o mundo tal e qual o conhecemos.

    O que sei dizer é que tal salvação se dará pelas vias militares, ou seja, pela retomada dos valores sociais implementados pela antiga Esparta dos gregos.

    Isso, na verdade, significaria a retomada da barbárie e o fim da civilização baseada nos valores de Atenas, também da antiga Grécia.

    É... Essas são minhas reflexões quando leio um bolsilivro da série ZZ7.

    Será que somente eu percebo e sinto essas coisas?

    A espiã internacional Brigitte Montfort, certa ou errada, lutava por um mundo melhor, segundo os valores milenares daquilo que seria um mundo melhor conforme a ideologia vigente na época da guerra fria.

    Hoje, não saberíamos reconhecer um salvador do mundo, ou melhor, do nosso mundo, tsenão pela comparação explícita e racional com aquilo que nos era tão natural.

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  8. João, bom tomar ciência da sua forma de pensar e ver o mundo.

    Tenho para mim que a intelectualidade se faz nos bancos das escolas ou lendo o pensar dos filósofos para assimilar e compactuar com a literalidade de suas conjecturas. Mas a verdadeira sabedoria se faz ao observarmos o mundo à nossa volta e buscarmos os seus "porquês".

    Pelo que entendi da sua linha de pensar, você é dos que buscam a sabedoria e não a intelectualidade. Você não pensa pela cabeça dos outros, mas com sua própria cabeça.

    Tento ser assim também. Nunca li Nietzsche, por isso não tenho a cultura da intelectualidade. Mas sei buscar nas entrelinhas de um texto limpo como o de Lou Carrigan e, como você diz, o simples andar em uma rua movimentada, olhando uma pessoa à nossa frente e imaginar que a estamos seguindo, constitui uma aventura particular.

    Para mim é de uma tremenda imbecilidade achar que podemos ser todos iguais, como defendia Karl Marx, uma vez que temos competências diferentes. Sou mais a filosofia "Babyniana" de sanar o mal irremediável com uma bala na testa que a adotada pelos irracionais membros dos "Direitos Humanos".

    Eu e você podemos diferir de alguns pontos no modo de ver a vida, mas uma coisa temos em comum. Gostamos de viajar nas linhas de Lou Carrigan.

    Abraços

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  9. Grande Savajo:

    Na verdade, eu aprendi a racionar mais individualistamente, depois que minha mãe faleceu quando eu tinha 35 anos e precisei um ano depois procurar um psicólogo para aprender a lidar com essa perda.

    Minha aventura pelas minhas próprias trevas interiores e inconscientes começou com um simples fiozinho solto que acabou virando um enorme novelo depois de totalmente deslindado ao cabo de 4 anos de psicoterapia.

    Por isso, como já sou um profissional bem-sucedido da área de informática, não me ocupei de me intelectualizar demais na filosofia e nas demais ciências humanas.

    Contentei-me apenas em me autoconhecer mas não em auto-melhorar-me, visto que a simples consciência dos porquês de meus impulsos já anulou seus efeitos sobre minha personalidade.

    Por isso, às vezes, quando tenho uma impressão subjetiva sobre algo, acabo me enrolando no vocabulário mas conforme eu vou praticando, minha subjetividade vai se transformando cada vez mais em objetividade e mudando minhas escolhas erradas do passado.

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