"Margaluz Rios e Chanko London, aquele belíssimo casal de negros limitaram-se simplesmente a sacar as pistolas munidas de silenciador. Apontaram as armas para aqueles corações podres e detiveram para sempre a marcha de suas batidas, arrebentando-lhes o maquinismo com dois balaços."
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Faz tempo que ninguém comenta este blog. Estamos tão acostumados a baixar os bolsilivros que até nos esquecemos de, no mínimo, darmos o ar de nossa graça através de algum comentário de agradecimento.
Oras, o que mais poderíamos dizer além de tudo o que já foi dito em apreço ao trabalho de nosso caro amigo Jorge Vicente.
Esse trabalho, ora disponibilizado neste blog será para sempre um tesouro de inestimável valor para aqueles que como eu sentem uma saudade pungente da cultura pop dos idos anos 70 do século passado.
Era um tempo em que precisávamos de muita fantasia e imaginação para sermos felizes, visto que a realidade era realmente pobre e quem era pobre naquele tempo era pobre mesmo: não tinha televisão, não tinha aparelhos de som, não tinha nem rádio para ouvir músicas e, se bobeasse, não tinha nem comida para comer suas 3 refeições diárias.
Oras, diante de quadro social tão dantesco, o que mais poderíamos ter para nos fazer felizes senão nos deixarmos embalar pela prosa literária de Lou Carrigan que, com maestria, sabia nos transportar para novos países, novas culturas, grandes aventuras, etc., sem nem sairmos do lugar.
É claro que diante de tantas alegrias imaginárias que vivíamos àquela época, nossos sentimentos se apaixonariam por entes fictícios não encontráveis na realidade social em que vivíamos.
O trabalho de Jorge Vicente nos põe em contato novamente com essas alegrias que sentíamos no passado e, por motivos de força maior, nunca mais sentimos no presente, visto que muita coisa mudou com o advento da democracia, e o que era tão prazeroso para nós, tornou-se demodê e de mau-gosto, socialmente falando.
Graças à Internet, estamos ressuscitando novamente em nós esses hábitos de leitura tão prazerosos que enchiam nossas vidas de significado e de sonhos a serem um dia realizados.
Obrigado pelo apoio, João. Só para acrescentar. Muitas pessoas na época, que se autodenominavam "intelectuais", torciam o nariz para cultura dos livros de bolso. Pobres infelizes. Talvez para eles só valesse a pena ler os clássicos como Machado de Assis. Sempre gostei de ler e lia muito. Devorava quadrinhos e livros de bolso quase que diariamente. Era meu passatempo, minha diversão. Também li clássicos brasileiros como Aloísio de Azevedo e José de Alencar. Gostei do segundo mais que do primeiro. De Machado de Assis só conheço as duas primeiras páginas de Dom Casmurro (leitura obrigatória para o vestibular de 1988). Quando leio, leio para me informar e, principalmente, para me descontrair. E nada melhor para uma leitura divertida que o texto ágil e enxuto de Lou Carrigan. Por isso não sou intelectual (graças a Deus), prefiro rir com Frank Minello que chorar com Friedrich Nietzsche.
Somente para complementar seu post, adianto que considero Friedrich Nietzsche, o filósofo da loucura.
Ele conseguiu dar tanta beleza e graça filosóficas às loucuras que acometem um louco que tais loucuras acabaram se tornando não-loucuras e até coisas sérias, dignas de serem buscadas como objetivos políticos, sociais e intelectuais.
É por isso que o mundo nos parece uma loucura só nos tempos de hoje.
Muitos endossaram racionalmente Friedrich Nietzsche, que na verdade é apaixonante, e hoje há uma grande proliferação de agendas políticas absurdas.
Quando se toma um louco e pior, um louco inteligentíssimo, como modelo de inteligência, sagacidade e alta-cultura, tem-se isso que vemos hoje.
Sócrates, Platão, Aristóteles, etc. tornaram-se filósofos menores diante da beleza dialética da loucura de Friedrich Nietzsche.
Faz tempo que ninguém comenta este blog. Estamos tão acostumados a baixar os bolsilivros que até nos esquecemos de, no mínimo, darmos o ar de nossa graça através de algum comentário de agradecimento.
ResponderExcluirOras, o que mais poderíamos dizer além de tudo o que já foi dito em apreço ao trabalho de nosso caro amigo Jorge Vicente.
Esse trabalho, ora disponibilizado neste blog será para sempre um tesouro de inestimável valor para aqueles que como eu sentem uma saudade pungente da cultura pop dos idos anos 70 do século passado.
Era um tempo em que precisávamos de muita fantasia e imaginação para sermos felizes, visto que a realidade era realmente pobre e quem era pobre naquele tempo era pobre mesmo: não tinha televisão, não tinha aparelhos de som, não tinha nem rádio para ouvir músicas e, se bobeasse, não tinha nem comida para comer suas 3 refeições diárias.
Oras, diante de quadro social tão dantesco, o que mais poderíamos ter para nos fazer felizes senão nos deixarmos embalar pela prosa literária de Lou Carrigan que, com maestria, sabia nos transportar para novos países, novas culturas, grandes aventuras, etc., sem nem sairmos do lugar.
É claro que diante de tantas alegrias imaginárias que vivíamos àquela época, nossos sentimentos se apaixonariam por entes fictícios não encontráveis na realidade social em que vivíamos.
O trabalho de Jorge Vicente nos põe em contato novamente com essas alegrias que sentíamos no passado e, por motivos de força maior, nunca mais sentimos no presente, visto que muita coisa mudou com o advento da democracia, e o que era tão prazeroso para nós, tornou-se demodê e de mau-gosto, socialmente falando.
Graças à Internet, estamos ressuscitando novamente em nós esses hábitos de leitura tão prazerosos que enchiam nossas vidas de significado e de sonhos a serem um dia realizados.
Obrigado pelo apoio, João.
ExcluirSó para acrescentar.
Muitas pessoas na época, que se autodenominavam "intelectuais", torciam o nariz para cultura dos livros de bolso. Pobres infelizes. Talvez para eles só valesse a pena ler os clássicos como Machado de Assis.
Sempre gostei de ler e lia muito. Devorava quadrinhos e livros de bolso quase que diariamente. Era meu passatempo, minha diversão. Também li clássicos brasileiros como Aloísio de Azevedo e José de Alencar. Gostei do segundo mais que do primeiro. De Machado de Assis só conheço as duas primeiras páginas de Dom Casmurro (leitura obrigatória para o vestibular de 1988).
Quando leio, leio para me informar e, principalmente, para me descontrair. E nada melhor para uma leitura divertida que o texto ágil e enxuto de Lou Carrigan.
Por isso não sou intelectual (graças a Deus), prefiro rir com Frank Minello que chorar com Friedrich Nietzsche.
Um forte abraço.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirSomente para complementar seu post, adianto que considero Friedrich Nietzsche, o filósofo da loucura.
ExcluirEle conseguiu dar tanta beleza e graça filosóficas às loucuras que acometem um louco que tais loucuras acabaram se tornando não-loucuras e até coisas sérias, dignas de serem buscadas como objetivos políticos, sociais e intelectuais.
É por isso que o mundo nos parece uma loucura só nos tempos de hoje.
Muitos endossaram racionalmente Friedrich Nietzsche, que na verdade é apaixonante, e hoje há uma grande proliferação de agendas políticas absurdas.
Quando se toma um louco e pior, um louco inteligentíssimo, como modelo de inteligência, sagacidade e alta-cultura, tem-se isso que vemos hoje.
Sócrates, Platão, Aristóteles, etc. tornaram-se filósofos menores diante da beleza dialética da loucura de Friedrich Nietzsche.
Sensacional esses dois posts! E Jorge, muito obrigado, de coração!!
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